... Em sentimentos que envolvem o universo feminino, pois “Não se nasce mulher: torna-se.” (Simone de Beauvoir)
A dualidade de sentimentos que envolvem o Universo Feminino.

São tantos os sentimentos em busca da identidade feminina, cujos contratempos das emoções transbordadas vão do êxtase secreto à cólera explícita...

Esse blog é um espaço aberto acerca de relatos e desabafos relativos as alegrias e tristezas, felicidades e angústias... Sempre objetivando a solidariedade e ajuda ao próximo.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O homicídio psicológico...

"Quando se trata de discutir a verdade (...). Os protagonistas dificilmente resistirão à tentação de recorrer a outros meios, mais efetivos, que não a elegância lógica e o poder persuasivo de seus argumentos. Em vez disso, farão o possível para tornar os argumentos do adversário inconseqüentes, de preferência inaudíveis ou, melhor ainda, jamais vocalizados, pela desqualificação daqueles que, se pudessem, os vocalizariam. Um argumento que tem grande chance de ser apresentado é o da inelegibilidade do adversário como interlocutor pelo fato de ele ser inepto, mentiroso ou inconfiável, malintencionado ou claramente inferior. (...) a recusa em conversar pode passar por um sinal de que se "tem razão", mas para o lado oposto a negação do direito de defender sua causa que essa recusa acarreta, e conseqüentemente a recusa em reconhecer seu direito de ser ouvido e levado a sério como um portador de direitos humanos, constituem as maiores afrontas e humilhações — ofensas que não podem ser aceitas placidamente sem que se perca a dignidade...

A humilhação é uma arma poderosa — mas do tipo bumerangue. Pode ser usada para demonstrar ou provar a desigualdade fundamental e irreconciliável entre quem humilha e quem é humilhado. Mas, contrariando essa intenção, ela de fato autentica, verifica a simetria, a semelhança, a paridade de ambos." Zygmunt Bauman in Amor Líquido



Era tão difícil discutir a verdade com Renato, sem a distorção dos fatos, por conta da sua desenfreada manipulação em me imputar a culpa, a fim de justificar suas inúmeras mentiras e traições. Mesmo, diante de todas as provas indubitáveis de sua farsa, ele não hesitava em me acusar e negar seus casos extraconjugais contumazes. Sempre, me induzia, a erro como se eu fosse a louca ou a delirante. Evitando contundentemente, me ouvir ou conversar sobre o assunto.

Abatida, sem auto-estima, magoada e esgotada num pranto infindável, escuto o veredicto da Dra. Samira:

- Entenda de uma vez por todas, Clarice, sua situação foi de um homicídio psicológico doloso, ou seja, intencionalmente, era para ter consequências bem piores. Até que você foi forte em ter conseguido sobreviver a essa situação doentia de insalubridade psíquica do Renato. Nesse caso a mentira compulsiva é um sintoma de uma patologia.

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